
by JP Alcantara
A DESPEDIDA DE QUEM FUI
de Isabel Arruda
É preciso coragem para que um sonho se tornar realidade.
Com a mesma coragem que me serviu impulso para arrumar as malas e partir rumo ao desconhecido Canadá, escrevi esse livro.
Uma vez ouvi uma frase, de uma autora que gosto bastante chamada Rafaela Carvalho, em que disse:
“Quantas vezes por medo de ser ridícula, eu não fui nada”
Muitas vezes. Várias. Inúmeras que nem sei contar.
E a cada vez que não era nada, menos coragem tinha para ser.
Porém, aprendi que o medo e a vergonha vão sempre nos acompanhar, afinal faz parte da condição humana e do existir, porém a cada vez que conseguimos romper essa barreira, vamos tomando pequenos impulsos.
Decidi então, que o medo vai junto comigo, sejamos ridículos juntos.
Mas “nada”, ah isso não me atrevo a ser.
E por isso decidi ser rídicula - ou não - e trazer a tona um sonho soterrado e engavetado por medos que não mais me guiam.
Se é pra ser ridícula, que assim seja.
Com meu livro debaixo do braço, e um sonho realizado.
E que minhas palavras sejam levadas ao vento e cheguem aonde precisem chegar.
Que seja colo, abraço e acolhimento. Pertencimento e afeto.
E pra você, que tem sonhos e medos, te convido a ser ridícula comigo.
Sejamos todas.
Mas, por favor, tire seu sonho do papel.
A Despedida de quem fui é um livro de crônicas sobre minha experiência de imigração.
Mas não só isso, é sobre autoexpressão, sobre coragem e sobre se apropriar de si.
Aprendi, logo no inicio da minha jornada migratória, que não estamos sozinhas. Que por mais solitário que seja o caminho no escuro, no novo, na neblina do desconhecido, somos milhares caminhando juntas.
Esse livro é para te oferecer companhia no seu caminhar, ser colo quando preciso, acolhimento quando necessário, riso e choro quando inevitável e amor e afeto sempre.
A Despedida de quem fui é parte da minha biografia, mas poderia ser a sua.
Se quiser, pode ser a nossa.
Somos todas protagonistas dessa história, heroínas da nossa vida e amantes dessa arte.
A arte de recomeçar.
Quero meu livro.
Como comprar?
Um trecho do prefácio, por Eliana Rigol
"Somos una especie en viaje", toca na vitrola Jorge Drexler enquanto te escrevo. Vim em missão de amor te contar que aqui as palavras são passarinhos que vão atiçar sonhos adormecidos. Sonhos de asa própria, sonhos de vento e movimento.
A gente tem medo de desejar sopros de mudança. Tem medo de perder aquilo que conhece, aquilo que achamos que nos compõem. Migrar amansa o ego e as ilusões todas, um dia escrevi isso no meu primeiro livro e a Isabel leu. Ela com ideia semente de migrar para o Canadá e eu já aqui migrada, na época, há mais de 5 anos.
Iniciamos nossa prosa e uma conversa juntou com a outra até o dia em que vi a última foto da Bel no apê do Rio. O vazio entre mundos tão conhecido pelo coração de um imigrante. Senti um frio na barriga por eles. Só quem empurra o barco na praia, joga a bagagem ali e começa a enfrentar as rebentações pode saber o medo que dá.
Mas medo é farol, diz tanto do que no fundo queremos e devemos fazer. E ela foi, não sem medo, mas com coragem. Recomeçar é ousar viver a vida como uma aventura cheia de mistério no caminho. Bel embarca uma e desembarca outra. Passa um ano e as mudanças são tantas que parece que o tempo já não passa mais da mesma forma, o tempo é contado por experiências, por cicatrizes, por suspiros e estações.
Esse livro não foi apenas escrito, ele foi vivido, com pé na neve, com olheiras profundas, com grana acabando, com angústia tomando conta. Ele contém pingos de um recomeço. Inocência e alegria de tomar as rédeas da vida nas mãos e dizer pra si mesma: eu não preciso dar conta de nada a não ser viver meus dias com entrega a esse caos. Sem saber o que ninguém pode saber. Confiando o futuro ao futuro. Sem nossa língua e cultura e sambalelê para amparar processos de dor e de sombras, sem nossos amigos para abraçar na hora da celebração. Mas com muita construção para ver nascer uma familia nova, humana e de verdade.
Bel é a heroína dessa história e nesse lugar seguro tu pode treinar tuas emoções e de quebra rir e chorar com relatos de uma terra distante, entre as montanhas e o Oceano Pacífico. Viajar junto assim é mais gostoso."
Eliana é peregrina de alma, autora dos livros "Moscas no Labirinto"e "Afeto Revoluion"
Um trecho dacontra-capa, por JP Alcantara
" Bel tem a habilidade de enxergar as entrelinhas da vida como poucas pessoas tem.
Facilidade em cativar as pessoas e de maneira doce compartilhar o conhecimento são marcas registrada e só ressalta a grandeza do seu coração.
Quando você não encontrar as palavras pra se expressar, leia o que a Bel escreve e generosamente compartilha com todos. Tenha certeza que ali estará o que muitos de nós não conseguimos perceber.
A vida é uma aventura mais gostosa vista através das lentes dela, onde a dureza do mundo não sufoca ou apaga a magia que é viver.
Sonhar, sentir e respirar fundo. Acreditar e lutar pela felicidade.
Ter coragem pra se mostrar vulnerável.
Bel é o farol que precisamos pra não batermos nos rochedos da vida. Mas se bater, tudo bem, isso também faz parte do aprendizado e seguiremos mais fortes. Se bateu agora é porque ousou ir mais longe. Só falha quem tenta, ela diz.
Lidar com dificuldades e esperar o céu cinzento passar tomando um bom café.
Saber se adaptar e se reinventar.
Chorar.
Um estilo único e uma criatividade incrível.
Uma fonte doce do que nos alimenta."
JP Alcantara é meu parceiro de vida e porto seguro.

Sobre mim
Sou Isabel, uma carioca inquieta de 38 anos. Desde pequena, sonho em ver o mundo, mas não apenas sob as lentes de turista e sim experimentar novos lugares, hábitos, costumes locais, com intensidade e entrega.
Aos 16 anos tive minha primeira experiência de imigração. Com as pernas trêmulas, olhei para trás para dar o último tchau para minha família, para os muitos amigos que ali estavam e para tudo que conhecia até aquele momento e disse baixinho "até breve" e de lá parti para o desconhecido, caminhando no escuro, apenas com a certeza de que nada mais seria igual. E não foi. Por 6 meses, vivi nos Estados Unidos, em uma pequena cidade na Califórnia mergulhada na vivencia local, em uma época sem redes sociais ou até mesmo e-mail.
Ali, meu mundo interno expandiu.
Aos 21 embarquei novamente, para mais uma aventura para abastecer meu currículo de vida. Australia foi o destino por 1 ano.
Aos 34, decidi recomeçar. Agora não mais sozinha e sim com minha família, meu parceiro de vida, João, e nossa filha Catarina, com 3 anos na época.
Criei um blog e comecei a escrever para que pudesse entender a complexidade e bagunça de sentimentos de uma nova vida expatriada. Aquele era meu espaço de vulnerabilidade, troca e conexão com milhares de mulheres ao redor do mundo. A vontade do livro nasceu daí.
De produtora de TV, da Rede Globo a barista no Starbucks, recomecei, me reinventei, cai e levantei, ri e chorei e cá estou hoje.
Compartilhando com vocês minhas aventuras e sentimentos, neste lindo livro de estréia.
Obrigada por estarem aqui!