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  • Writer's pictureIsabel Arruda

Vida é movimento


Hoje abri minha agenda e vi a mensagem escrita no mês de Janeiro.

Dizia assim:

“This is your year”. Lembro de ter circulado essa mensagem, quando o ano começou e ter essa certeza - sim, esse é o meu ano - como quem tem a certeza de que vai abrir os olhos todos os dias pela manhã.

Vi também o calendário anual cheio de anotações e marcações de diferentes cores e canetas.


O ano prometia.

Os planos incluíam: uma viagem para a Itália só com o @jpalcantara , uma viagem em família para algum lugar mais perto, um seminário de desenvolvimento pessoal na California que há anos desejava participar, expandir workshops e encontros presenciais, promover um grande evento com palestras e convidados. Ah, e já ia esquecendo - ainda ia correr uma maratona.


Só que a maratona tem sido outra, um tanto quanto diferente.

A maratona da manutenção da paz interna.

Do equilíbrio entre filhos em casa, homeschooling e necessidades próprias.

Do sentir e confiar nas sutis mudanças daquele tal de propósito.

E ouvir, mais do que nunca, a intuição.

Ah, como ela sabe das coisas e é tão subestimada.

Na rigidez de todos os planos feitos, não sobrava nenhum espaço.

Espaço vazio para surpresas da vida, para novos rabiscos, para mudança de rota.


Dopada por tanto planejamento, quase esqueci que a vida é movimento.

O mundo virou do avesso e me levou junto, chacoalhando as minhas certezas e me livrando de pesos inúteis.


Apego ao que era pra ser, só trazia dor.

Aceitar o que é, me traz paz.


E nesse chacoalhão, me descobri diferente.

Criei novos sonhos e mudei tantos outros.

Tomei uma importante decisão de vida.


Se a vida tivesse seguido seu curso normal, penso se teria me questionado tanto.

Se teria feito as perguntas que me fiz.

E se teria decido mudar algumas coisas.


Nunca saberei e nem me esforço para tentar.

O que sei, é que não devemos ignorar situações difíceis, pois elas são carregadas de ensinamentos.

Basta estar aberto para ouvir.


E também sei, que pouco ou nada sei.

E, pela primeira vez, confio nessa não sabedoria

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